sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O gosto alemão de Napoleão

Para estabelecer a diplomacia entre a França e a Austria, o príncipe de Neufchâtel pede a mão da arquiduquesa austríaca Maria Luiza, irmã de Maria Leopoldina e sobrinha de Maria Antonieta, para Napoleão I. Mas quem se sentia extremamente satisfeito era o Imperador, que via resolvido o problema da disnatia com apresença de uma moça tão robusta e de boa compleição física. 
O casamanto por procuração ocorreu no dia 11 de março de 1810, cinco dias antes da partida de Maria Luiza para a França. Ao conhecê-la, o Imperador se encanta com seus lábios espessos, sua altura e magresa, seus bustos cheios e empinados. Donatello descreve Maria Luiza com olhos azul-faiança, mansos e ovinos, de cabelos com brilho de seda,  as mãos pequenas e delicadas, que Napoleão identificou como um sinal de raça.
A arquiduquesa também teve uma impressão magnífica do seu noivo. Todo cuidadoso que teve com a austríaca, fez com que a sua noiva chegasse a conclusão que ele não era o "ogre", o dragão que lhe haviam anunciado. "- Sois mais bem parecido que no retrato", diz ao Imperador.

No dia seguinte iria ocorrer o casamento do casal e o protocolo era rígido. O noivo deveria se retirar logo após o jantar de apresentação, para o palácio da Chancelaria. Mas... "... o Imperador não esperará pelo dia do casamento oficial" (p.91). No dia seguinte, saindo do quarto da mais nova imperatriz, descreve aos íntimos o seu mais novo gosto. A sua 2ª esposa provou ser a melhor. 

"- Meu caro, case-se com uma alemã. São as melhores mulheres do mundo, doces, bôas, ingênuas e frescas como rosas..." (Grieco, Donatello. Napoleão e o Brasil. 1939. p. 91) Afirmação que Napoleão I proferiu aos seus íntimos, após uma bela noite de amor com a arquiduquesa Maria Luiza. 


Maísa Moura.


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